Já que já falei sobre o livro e o filme Comer, Rezar, Amar, resolvi concluir a saga Elizabeth Gilbert. Ganhei de presente das minhas irmãs e do meu cunhado o livro Comprometida e li no começo desse ano. Quem espera um best seller como o livro anterior vai se decepcionar. Mas, se você, assim como eu, também não ficou de queixo caído com o outro livro de Liz, pode ser que você se surpreeenda positivamente com este, assim como eu. Recomendo para todos que tem ou pretendem ter um relacionamento e para quem pensa ou não em casamento. Logo, todo mundo. 😉

O livro não é uma história, aliás, a história fica em segundo plano. Aqui temos quase que as reflexões de Liz sobre relacionamentos e casamento, utilizando fatos históricos e culturais das cidades por onde ela e “Felipe” passaram enquanto aguardavam a autorização dele para entrar nos EUA. Novamente o que me chamou atenção foi a questão cultural, além de perceber que eu e a autora temos opiniões bastante parecidas sobre relacionamentos e casamento. Não vou me prender muito comentando o livro, já que acho que as citações dele são mais significativa e auto-explicativas. Ficha lá embaixo! Vem refletir comigo…

“Toda intimidade traz consigo, escondidos sob a superfície adorável do início, os mecanismos sempre engatilhados da catástrofe total. Já tínhamos aprendido que o casamento é um terreno no qual é muito mais fácil entrar do que sair.”

“Hoje em dia, quase precisamos de um microscópio eletrônico para estudar a família ocidental moderna. O que temos são duas, talvez três, algumas vezes quatro pessoas espalhadas num espaço gigantesco, cada uma com um espaço físico e psicológico privativo, cada uma passando boa parte do dia completamente separada das outras.”

“O amor romântico é uma experiência humana universal. Há provas de paixão em todos os cantos deste mundo. Todas as culturas humanas têm canções de amor, feitiços de amor, orações de amor. O coração de todos se parte independentemente do tipo de barreiras sociais, religiosas, sexuais, etárias e culturais.”

“Em geral, quando só há um caminho à frente podemos ter confiança de que é o caminho certo. E a noiva cuja expectativa de felicidade é necessariamente pequena talvez esteja mais protegida do risco de sofrer uma decepção devastadora pelo caminho.”

“… o casamento vira trabalho duro quando despejamos todas as expectativas de felicidade da vida nas mãos de uma mera pessoa.”

“… conforme o casamento fica ainda menos ‘institucional’ (baseado nas necessidades da sociedade mais ampla) e ainda mais ‘expressivamente individualista’ (baseado nas necessidades do… indivíduo), o nível de divórcios só faz crescer.”

“… os casamentos baseados no amor, afinal de contas, são tão frágeis quanto o próprio amor.”

“Parece muito, mas não é: é apenas amor.”

“O casamento baseado no amor não garante – não pode garantir – o contrato vitalício de um casamento baseado no clã ou patrimônio. Pela própria e irritante definição, tudo o que o coração escolhe por razões misteriosas pode ser desescolhido depois – mais uma vez por razões misteriosas.”

“Talvez o divórcio seja o imposto que pagamos coletivamente, enquanto cultura, por ousarmos acreditar no amor – ou, pelo menos, por ligarmos o amor a um contrato social tão fundamental quanto o matrimônio.”

“É prerrogativa de todo ser humano fazer escolhas ridículas, se apaixonar pelos parceiros mais improváveis e se jogar nas calamidades mais previsíveis.”

“O caminho budista é uma viagem de desapego, e o casamento é uma propriedade que traz consigo a sensação intrínseca de apego ao cônjuge, aos filhos, ao lar.”

“Quanto mais nos sentimos inseguros e desequilibrados, maior a probabilidade de que nos apaixonemos de forma rápida e imprudente.”

“O amor real, são, maduro, do tipo que paga hipoteca ano após ano e busca os filhos na escola, não se baseia em paixão, mas em afeto e respeito.”

“Nesse momento da minha vida, já descobri que ele não pode me completar, nem que quisesse. Já enfrentei minhas incompletudes em quantidade suficiente para admitir que são só minhas.”

“… há uma teoria que defende a existência de dois tipos de homens no mundo: os feitos para ter filhos e os feitos para criar os filhos. Os primeiros são promíscuos; os outros, constantes.”

“Na vida de todos nós, surgem circunstâncias que põem em cheque até a lealdade mais teimosa.”

“Assim como o caso de amor das gaivotas, há quem faça a escolha errada da primeira vez e escolha bem melhor o segundo parceiro.”

“Os opostos realmente se atraem, mas nem sempre se aguentam.”

“A emergência que acaba nos pegando é aquela para a qual não nos preparamos.”

“Quando as mulheres começam a ganhar o próprio dinheiro, uma das primeiras coisas a mudar em qualquer sociedade é a natureza do casamento.”

Livro: Comer Rezar Amar

Autor: Girbert, Elizabeth

Editora: Obejtiva

Páginas: 240

Preço médio: R$ 34,90